FASHION PLUS SIZE PORTUGAL E ESPANHA

A ideia não é apenas vender tamanhos grandes, mas moda verdadeira. Na Mango eles explicam que “se lançaram neste segmento porque não havia oferta de moda para o público curvilíneo , apesar das pesquisas de mercado estimularem os negócios”. No El Corte Inglés destacam que “com a Couchel queriam dar a possibilidade às mulheres com tamanhos superiores a 46 ou 48 poderem vestir-se à vontade”. Tamanho é o interesse do El Corte Inglés por este tipo de moda que patrocinou o primeiro desfile do segmento, o Pasarella Curvi, em fevereiro passado, no qual desfilaram as marcas do grupo e também AD + ou Elena Miró. A Mango também apresentou sua coleção Violeta by MANGO na passarela 080 Barcelona Fashion.

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Além disso, a Plus-size tem na Espanha fabricantes de grande porte como Victoria 56, SPG Jenuan, Drossanian, Güeto ou cadeias de lojas como MS Mode, com cerca de 31 pontos de venda próprios. Isso, além disso, de redes de franquias como Kurokai, Kanak ou Paca García. Algumas dessas empresas, que fabricam para grandes marcas ou vendem suas coleções há 10 ou 20 anos, tiveram recentemente que redesenhar suas estratégias e oferecer mais moda.

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O Plus-Size é que é um mercado que está crescendo muito rápido. De acordo com a consultoria NPD, o mercado cheio de curvasnos Estados Unidos atingiu 17 bilhões de dólares em 2014 e está crescendo a uma taxa média anual de 5%. Do que se trata? Uma das explicações é o aumento do excesso de peso, mesmo entre as mulheres jovens. Então, todo mundo está cada vez mais interessado em moda. “Antes as pessoas com tamanhos grandes ficavam satisfeitas com roupas básicas, agora não estão”, comentam no El Corte Inglés. A promoção profissional de mulheres na Administração ou em empresas também joga a seu favor. “O fato de haver cada vez mais mulheres com intensa atividade profissional e social”, explica Estrada, de Elena Miró, “obriga a se vestir bem”. Por fim, há a crise: “Diante da paralisação das vendas”, destaca Jerónimo Pérez, da SPG Jenuan, “as empresas tiveram que buscar nichos diferentes, como este, nos quais a concorrência é menor”.

Embora o setor seja dinâmico, nem todos se sentem tentados a entrar. A Inditex, por exemplo, não deu passos nesse sentido. Na verdade, muitas marcas chamativas permanecem relutantes em aumentar a oferta de tamanho e menos ainda em criar marcas específicas. E é que o setor de grandes portes exige um tratamento especial e a criação de uma divisão específica, ou seja, mais investimentos. Somado a isso, os curvies não são compradores compulsivos. Apesar de nos EUA 37% do mercado serem mulheres XXL, elas representam apenas 15% das vendas. Na Mango, porém, eles garantem que “este é um mercado emergente e em crescimento, e no qual veremos cada vez mais designers apostarem nele”.